Quando somos jovens, nossa mente tende a
vagar. Pensamos no futuro, como longínquo. Ficamos satisfeitos com pensamentos
no que está por vir, nos planos, objetivos e sonhos... Serei isso... Amanhã farei
aquilo... quando fizer 15 anos.... quando completar 18... 24, 30... parece que
tudo tem que ser adiado para quando...
Somos e estamos literalmente em
construção...
Quando mais velhos... Vivemos no
passado. Quando tinha 18 ... nos meus 25... aos 30...
Reviver conscientemente o passado pode ser
válido quando buscamos nele a experiência. O que deu certo naquela época pode
nos servir de força propulsora para repetir o sucesso de outrora. Ou a
experiência que deu errado, pode servir de alerta para termos mais cuidado, em
fazer diferente desta vez.
O grande problema está em deixar de
viver o momento em favor do passado. Esquecemos que continuamos em construção,
continuamos a ter metas, objetivos e sonhos. Se estivermos ansiosos pelo futuro
ou revivendo o passado, deixamos de perceber o momento presente.
Mergulhar no aqui e agora é mais fácil,
agradável e restaurador, do que imaginamos. Esse exato momento nos dá liberdade
total, livre de lembranças boas ou más, medos, planos futuros ou preocupações. Aqui
e agora!
No aqui e agora existe o Amor.
João 15:12 diz – “Meu mandamento é este:
Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.”
Se assim creio, por que não me aceito,
me abandono? Até aceito as virtudes e desrespeito os lados obscuros.
As divisões filosóficas tem nos abalado,
e, a unidade do corpo, da mente e da alma foi esquecida.
Então perdemos a paz, a harmonia no
mundo espiritual e físico. Difícil reaprender o conceito da unicidade do
macro e do microcosmo. Esta unicidade precisa ser vivida. Passamos muito tempo
usando a cabeça, e desconsideramos nosso corpo.
Separamo-nos de nós mesmos, dos nossos
semelhantes, do meio ambiente para ganhar identidade individual. Até dos amigos...
Arrumamos desculpas, acabamos por nos afastar.
Como resultado: milênios de guerras e
destruição ambiental, o que tem sido preço muito alto a se pagar pelo
individualismo.
Diana Puffal - publicado na Revista Mix Social em Outubro de 2017
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