domingo, 9 de abril de 2017

Valores

No decorrer da vida, inúmeras vezes ouvi pessoas dizendo: a gente não é nada. E realmente por vezes, nos parece que a vida não tem valor. São tantas as violências, tanto descaso, tanta banalização à nossa volta, que entramos no circuito...
Pergunto: até que ponto nós mesmos não damos valor a nossa vida? Correndo enlouquecidamente no trânsito, comendo mal, ingerindo alimentos inadequados, dormindo mal e pouco, preocupados trabalhar e pagar as contas, deixamos de lado o lazer. Ultrapassando, esgotando nossas forças.
Quando ultrapassamos os limites, provocamos acidentes e ou adoecemos. Doentes reclamamos e exigimos dos que estão à nossa volta a qualidade de vida que nós mesmos esquecemos.
Você sabia? Que até num momento em que nos sentimos doentes, temos o poder de escolha.
Em minhas leituras encontrei um debate sobre padrões de autonomia e organização das respostas aos estímulos. "Quando chuto uma pedra, dou energia à pedra, e ela se move com essa energia. Quando chuto um cão, ele responde com a energia que recebe de seu próprio metabolismo. ”
É neste ponto que observo, que tenho escolha de me entregar para o trabalho e esquecer o lazer, e aceitar a possível consequência de adoecer. Ou posso escolher o lazer, mesmo que em intervalos pequenos, possa me refazer.
E já repetindo o que escrevi há algum tempo aqui, que o prestar atenção na respiração, o relaxamento, a caminhada, que não geram despesas financeiras, e podem nos facilitar o refazer de forças. Renovar forças para além do físico, restabelecendo o mental e emocional.
Como disse Bateson, se eu chutar uma pedra, agrego a ela uma energia, que gera movimento a favor de algo e contra outra coisa.
Assim também na minha vida, meus bons pensamentos alimentarão com boas energias o corpo físico, tanto quanto minhas emoções e, por consequência estarei bem, harmonizado, e com saúde. Se acaso, ainda assim for atacado por alguma doença, terei forças para tratar e restaurar a saúde.
Tudo isso só acontece quando realmente damos valor a nós mesmos, como seres únicos que somos, e abençoados pela Vida. E lembrando o que tenho repetido aos adolescentes com quem trabalho, “trate bem o teu corpo, pois tenha certeza que ele, e talvez só ele te acompanhará até o último dos teus dias de vida. ”
Esse é o Valor da Vida. Auto-cuidado não é egoísmo. É tratar-se bem, para poder tratar bem a quem nos rodeia.
Diana Puffal - Publicado na Revista Mix Social em setembro de 2016.

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