domingo, 9 de abril de 2017

Sensibilidade

Há anos, conversando com um amigo ouvi dele: “tenho sensibilidade, sou uma pessoa sensível, sou assim”.
E o que é sensibilidade? No dicionário lemos: substantivo feminino, qualidade do que é sensível. Emoção, sentimento, a faculdade de sentir compaixão, simpatia pela humanidade; piedade, empatia, ternura.
Na enciclopédia livre, Wikipedia, lemos: Sensibilidade refere-se à percepção aguçada ou receptividade a respeito de algo, como por exemplo as emoções de um indivíduo.
Não posso acreditar que ainda hoje em dia há tantas pessoas sem condições de se emocionar, de sentir compaixão por alguém em sofrimento, sem agir de forma empática, sem se colocar no lugar do outro.
A correria em que nos metemos nos últimos anos, nos endurece. Muitos pelo próprio sofrimento, com intenção de se proteger, acabam criando muros a sua volta, endurecendo-se, isolando sensações e emoções, supondo que assim sofrerá menos.
E de repente encontramos uma frase como essa de Leo Cruz: “Quando nada mais nos assusta ou nos incomoda, quando os nossos olhos já não tem mais a sensibilidade do discernimento e o banal se torna normal, não é o mundo que está perdido, somos nós que nos perdemos no mundo”.
Ou ainda de Maria Dóro: “A sensibilidade que brota da alma poética é a doce melodia que embala os sonhos; é a voz persistente que ecoa nas ondas do tempo e alimenta a chama do amor verdadeiro”.
Precisamos de sonhos, de planos, de objetivos e metas para alavancar nossa vida e seguir em frente, e tudo isso começa em nossos pensamentos. Quando temos pensamentos positivos, mantemos conosco a esperança. Se tivermos fé na Vida, na Energia Superior, em Deus, nossas ações serão positivas. E por consequência as emoções e sensibilidades circulam fortalecendo-nos. E se nos sentirmos fortes dentro, o que vem de fora abala bem menos. Simples assim.
Pense nisso, e iniciemos o ano de 2017 com muita Fé e Vontade de fazer melhor, cada minuto, irradiando Alegrias e Amor, a todos com quem convivemos. Seja feliz!

Diana Puffal - publicado na Revista Mix Social em janeiro de 2017.

Ser x Vir a Ser

Quando somos jovens, nossa mente tende a vagar. Pensamos no futuro, como longínquo. Ficamos satisfeitos com pensamentos no que está por vir, nos planos, objetivos e sonhos... Serei isso... Amanhã farei aquilo... quando fizer 15 anos.... quando completar 18... 24, 30... parece que tudo tem que ser adiado para quando...
Somos e estamos literalmente em construção...
Quando mais velhos... Vivemos no passado. Quando tinha 18 ... nos meus 25... aos 30...
Reviver conscientemente o passado pode ser válido quando buscamos nele a experiência. O que deu certo naquela época pode nos servir de força propulsora para repetir o sucesso de outrora. Ou a experiência que deu errado, pode servir de alerta para termos mais cuidado, em fazer diferente desta vez.
O grande problema está em deixar de viver o momento em favor do passado. Esquecemos que continuamos em construção, continuamos a ter metas, objetivos e sonhos. Se estivermos ansiosos pelo futuro ou revivendo o passado, deixamos de perceber o momento presente.
Mergulhar no aqui e agora é mais fácil, agradável e restaurador, do que imaginamos. Esse exato momento nos dá liberdade total, livre de lembranças boas ou más, medos, planos futuros ou preocupações. Aqui e agora!
No aqui e agora existe o Amor.
João 15:12 diz – “Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.”
Se assim creio, por que não me aceito, me abandono? Até aceito as virtudes e desrespeito os lados obscuros.
As divisões filosóficas tem nos abalado, e, a unidade do corpo, da mente e da alma foi esquecida.
Então perdemos a paz, a harmonia no mundo espiritual e físico. Difícil reaprender o conceito da unicidade do macro e do microcosmo. Esta unicidade precisa ser vivida. Passamos muito tempo usando a cabeça, e desconsideramos nosso corpo.
Separamo-nos de nós mesmos, dos nossos semelhantes, do meio ambiente para ganhar identidade individual. Até dos amigos... Arrumamos desculpas, acabamos por nos afastar.

Como resultado: milênios de guerras e destruição ambiental, o que tem sido preço muito alto a se pagar pelo individualismo.
Diana Puffal - publicado na Revista Mix Social em Outubro de 2017

Valores

No decorrer da vida, inúmeras vezes ouvi pessoas dizendo: a gente não é nada. E realmente por vezes, nos parece que a vida não tem valor. São tantas as violências, tanto descaso, tanta banalização à nossa volta, que entramos no circuito...
Pergunto: até que ponto nós mesmos não damos valor a nossa vida? Correndo enlouquecidamente no trânsito, comendo mal, ingerindo alimentos inadequados, dormindo mal e pouco, preocupados trabalhar e pagar as contas, deixamos de lado o lazer. Ultrapassando, esgotando nossas forças.
Quando ultrapassamos os limites, provocamos acidentes e ou adoecemos. Doentes reclamamos e exigimos dos que estão à nossa volta a qualidade de vida que nós mesmos esquecemos.
Você sabia? Que até num momento em que nos sentimos doentes, temos o poder de escolha.
Em minhas leituras encontrei um debate sobre padrões de autonomia e organização das respostas aos estímulos. "Quando chuto uma pedra, dou energia à pedra, e ela se move com essa energia. Quando chuto um cão, ele responde com a energia que recebe de seu próprio metabolismo. ”
É neste ponto que observo, que tenho escolha de me entregar para o trabalho e esquecer o lazer, e aceitar a possível consequência de adoecer. Ou posso escolher o lazer, mesmo que em intervalos pequenos, possa me refazer.
E já repetindo o que escrevi há algum tempo aqui, que o prestar atenção na respiração, o relaxamento, a caminhada, que não geram despesas financeiras, e podem nos facilitar o refazer de forças. Renovar forças para além do físico, restabelecendo o mental e emocional.
Como disse Bateson, se eu chutar uma pedra, agrego a ela uma energia, que gera movimento a favor de algo e contra outra coisa.
Assim também na minha vida, meus bons pensamentos alimentarão com boas energias o corpo físico, tanto quanto minhas emoções e, por consequência estarei bem, harmonizado, e com saúde. Se acaso, ainda assim for atacado por alguma doença, terei forças para tratar e restaurar a saúde.
Tudo isso só acontece quando realmente damos valor a nós mesmos, como seres únicos que somos, e abençoados pela Vida. E lembrando o que tenho repetido aos adolescentes com quem trabalho, “trate bem o teu corpo, pois tenha certeza que ele, e talvez só ele te acompanhará até o último dos teus dias de vida. ”
Esse é o Valor da Vida. Auto-cuidado não é egoísmo. É tratar-se bem, para poder tratar bem a quem nos rodeia.
Diana Puffal - Publicado na Revista Mix Social em setembro de 2016.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Ano Novo = Vida Nova todos os dias.

Todos nós alguma vez pensamos nisso, de mudar radicalmente de vida ou de atitude, no novo ano. Planos e mais planos. Muitos se realizam e outros acabam ficando de lado. Quando encerramos o ano, a maioria de nós faz de novo um balanço e, de novo um planejamento.
Independente do que programamos para 2016, o que deu certo, e o que não ficou tão legal quanto esperávamos, o mais importante é que cada um tenha dentro de si a certeza de ter feito o melhor.
Aqui ou ali não reagi da forma ideal, mas foi o que de melhor me ocorreu. Vivemos a época de Advento, o Natal, reavivamos a Fé em nossos corações. Entramos pelo Novo Ano e cheios de esperanças, renovamos objetivos e metas.
Este ano de 2017, como dizem os numerólogos, um ano 10 ou 1. Vem cheio de boas expectativas, de medos e receios para alguns, curiosidades para outros, e muito mais do que em anos anteriores, se ouve falar em alinhamentos planetários e aberturas de portais.
E 2017 chega com anúncios de uma Nova Terra, mas é aí que me ocorre uma pergunta: E não é Nova Era ou Nova Terra todos os anos, porque tanto alarde? 
É bem verdade que a contagem de tempo desde 1999, a chegada do século XXI mexeu com todos nós profundamente.
E como poderíamos nos preparar para essa Nova Era que surge, a cada novo ano? E porque não a cada mês? Ou a cada dia?
Penso que temos uma nova oportunidade, uma nova Era a cada amanhecer.
Estão validadas algumas sugestões para viver melhor, já lemos e relemos a maioria delas, mas vale ter cada uma para internalizar e a partir disso viver novos tempos (internos).
·        Busque a paz interior, com momentos de silêncio, todos os dias, para escutar a voz interior.
·         Respeite sua voz interior.
·         Tome sol e absorva sua energia curadora. Respeitando os cuidados com a pele.
·         Desapegue-se de velhos hábitos, pensamentos e reações que não lhe convém mais.
·   Alimente o Amor e a Aceitação em todos os relacionamentos, na família, nas amizades, no trabalho.
·     Medite e receba a energia da Divina Fonte. Alimente a Fé, seja qual for o nome ou a forma de se ligar à Energia Superior.
·   Assegure-se de ter um tempo para cada coisa, principalmente para entrar em silêncio alguns minutos todos os dias para refazer as forças.
Já vimos estas recomendações inúmeras vezes, e de novo podemos tentar segui-las, se hoje acordamos, e lemos isso, temos então a oportunidade de colocar em prática.
E uma coisa é certa: tudo o que desejarmos tem uma grande possibilidade de acontecer, então a recomendação é de que os votos de Saúde, Amor e Paz sejam irradiados para todos de coração para todos os corações, todos os dias do Novo Ano.
Deixo a mensagem de Osho: “Onde você estiver, é sempre o início. É por isso que a vida é tão bela, tão jovem. Algo que você deveria sempre manter – e esta é a única obrigação – é ser feliz”.
            Que 2017 venha com muita Luz, Amor e Paz para todos nós.

Diana Puffal – Arteterapeuta.

sábado, 22 de outubro de 2016

Pensamentos e hábitos

“Cuidado com o que pensa, pois os pensamentos geram sentimentos; E os sentimentos geram ações; E as ações tornam-se hábitos; E os hábitos formam seus princípios”.
*Lord Maitreya.
Em diferentes momentos encontrei esta frase, e esta sempre me chamou atenção, apesar de muitas vezes não compreender os mecanismos da criação que o autor fala ali.
Pensando um pouco a respeito... temos sonhos... de chegar a uma profissão, de constituir família, de viajar, de construir algo, de morar em algum outro lugar, enfim, muitos sonhos. Para alcançar estes sonhos ou objetivos, temos que estabelecer metas. Correremos arduamente atrás de cada meta para alcançar o objetivo.
E tudo vai depender de algo muito simples: Ter fé que é possível. Se hoje eu acordasse acreditando que não seria possível um tempo para sentar e escrever algo para esta revista, provavelmente a escrita não aconteceria. Não tinha inspiração nenhuma. Mas coloquei no pensamento uma meta: vou prestar atenção, ficar alerta, para observar sobre o que poderia falar nesta escrita. E ainda pela manhã, uma amiga me chamou para conversar e chegamos ao assunto de “sonhar faz com que ações surjam para os objetivos”.
Foi o que bastou para pensar mais a respeito, organizar meu tempo, rascunhar e escrever esta coluna. Sim, é o pensamento que aciona o poder.
Se acreditarmos que não será possível, se deixarmos tristezas, mágoas, ressentimentos, nervosismos tomar conta, não daremos espaço para a criatividade. Assim, ficaremos empacados literalmente, pensando que somos incompetentes e a frustração aumentará.
Mas se olharmos o que de melhor temos dentro de nós, o dia que temos a frente hoje, as forças que temos, o dom de pensar e programar o que fazer nas próximas horas, tudo pode mudar.
Temos a Vida hoje, temos escolhas a fazer a cada momento. Posso escolher entre olhar dia cinzento como triste e frio, ou agradecer que posso levantar cedo, andar e ir para o meu trabalho mesmo com o frio, pois posso tomar um café quentinho antes de sair e tenho casaco que me agasalha.
Na real, tudo depende do meu ponto de vista, da minha força de lutar pelo que realmente quero. Se sonhar em me formar na faculdade, tenho que abrir mão de algumas coisas e me concentrar nos estudos, talvez me dedicar a um projeto de extensão para colaborar na parte financeira. Se precisar reformar minha casa, tenho que abrir mão de algumas coisas para economizar e realizar a obra.
Se quero receber visitas preciso ter atitudes de convidar, ser amável e agradável comigo mesma e com os outros, para ser boa companhia e que venham me visitar.
Veja, em tudo temos objetivos e metas a seguir. E tudo depende de nós mesmos e da fé que colocarmos em cada ação.
Observe qual é seu primeiro pensamento do dia, quando acorda. É um pensamento sintonizado com a abundância, o sucesso, a felicidade ou é de preocupação com alguma coisa?
Caso você identifique algum pensamento negativo, limpe-o, transforme-o, modifique-o e mantenha seus pensamentos no que é bom e observe os acontecimentos do seu dia.
Isso é mudar o padrão de pensamentos e consequentemente mudar os rumos da própria vida. Que tal começar hoje mesmo?

Diana Puffal

sábado, 8 de outubro de 2016

Saindo da rotina

A vida regrada, seguindo com uma rotina, nos traz conforto, realmente facilita muito as coisas. O problema é que insistimos em manter alguns hábitos que não são assim “tão” saudáveis. E para revermos nossa rotina, precisamos arregaçar as mangas, e rever nossa capacidade de renovação e transformação.
Vejamos que, a rotina de muito trabalho, pode nos encaminhar à falta de lazer, e ausência de novos relacionamentos. É claro, que não está em discussão a necessidade de trabalho, todos precisamos dele, pela sobrevivência ou pelo sentimento de utilidade.
O que venho propor é experimentar pequenas mudanças, como não levar trabalho para casa, que para alguns é tão difícil. Deixe para continuar a trabalhar no horário programado para tal, no dia seguinte. Lembre-se que a qualidade da sua dedicação, depende de seu descanso.
A boa alimentação é uma questão que deixa muita gente preocupada. Mas afirmo que muitas vezes sem necessidade. Explico melhor, o pessoal que almoça fora de casa costuma dizer: não dá pra fazer dieta quando se almoça em restaurante. Ah, fala sério!!!
Se você está com o propósito de se alimentar bem, sempre tem possibilidades, deixe de lado àquilo que você sabe que lhe faz mal. A gente sabe bem que fritura é uma delícia, mas pode acumular muita gordura nas veias. Mesmo assim, curtimos uma porção de batatas fritas, polentinha ou aquela carne com gordurinha. Deixar de lado esses excessos é o menor dos trabalhos, basta procurar restaurantes que ofereçam um cardápio mais saudável. Seu corpo vai agradecer.
E vamos adiante, acrescento nas sugestões de mudanças de rotina, alguns minutos de relaxamento. Um bom relaxamento não exige muitos “sacrifícios”, podem ser 2 ou 3 minutos de exercícios de respiração. Explico melhor, aí mesmo onde você está sentado, lendo esta coluna, passe a prestar atenção na sua inspiração e na sua expiração. Fique assim, respirando lentamente, sentindo o caminho que o ar faz do nariz ao peito, imaginando que seus pulmões absorvem perfeitamente o oxigênio que seu corpo necessita, que o ar segue até o abdômen, e que ao soltar o ar você libera junto todas as suas tensões.
Fácil? Talvez não tão fácil. Muito simples, é possível experimentar essas pequenas mudanças, que trarão muitas vantagens ao seu corpo físico, sua mente e suas emoções.
Experimente.
Diana Puffal – Arteterapeuta.

AUTOCUIDADO

A maioria das pessoas que tem procurado por terapias mostram que desconhecem o que realmente significa a palavra Autocuidado e como se pratica.
Traduzindo a palavra quanto à origem: Auto - Do grego Autos = por si próprio, de si mesmo, e Cuidado – Do latim Cogitare = atenção; reflexão.
Autocuidado é a atenção, a ação que se exerce sobre si mesmo para preservar e cultivar uma boa qualidade de vida, de maneira responsável, autônoma e livre nas escolhas das atitudes e ações. Ao observar a si mesmo, é possível perceber como está o corpo para além do físico, prestando atenção também à mente e emoção, e só então agir sobre ele de maneira benéfica e saudável.
Autocuidado não significa que você precisa estar “bem” o tempo todo, mas sim identificar e admitir os confortos e desconfortos, observar as causas, e escolher agir ou não sobre elas.
E o que fazer? Pra começar... preste atenção... e perceba...
O corpo físico é a parte mais concreta do nosso ser, e nos acompanhará até o último de nossos dias nesta vida. O corpo manifesta claramente uma dor, um desconforto e também um alívio e a vitalidade. Ao bater o braço, se nos machucamos, logo passamos a mão para aliviar a dor. Ao sentirmos sede ou fome, logo procuramos algo para saciar a necessidade. O reconhecimento e a ação para o alívio do desconforto são imediatos. Por isso quando ouvimos falar em Autocuidado logo pensamos no corpo físico.
Mas, Autocuidado não significa cuidar apenas do corpo físico.
Os pensamentos e as emoções também merecem e necessitam de Atenção, pois podem ser mascarados, manipulados ou mesmo não reconhecidos.
Sabemos que muitos dos desconfortos físicos são resultados de emoções exaltadas, como exemplo, a raiva e a mágoa, que afetam tanto o corpo físico, a mente e a emoção. Cuidando das emoções, cuidamos do corpo e da mente.
Há muitas possibilidades de contribuir para o Autocuidado, como, uma boa conversa, ouvir música, meditar, praticar algum exercício físico leve, observar uma paisagem que lhe seja agradável, ou mesmo algumas inspirações profundas. Tenha sempre o cuidado de observar as sensações, é essencial perceber se estão sendo adequadas, trazendo relaxamento, alegria e bem estar.
Fique atento para descobrir Suas Ferramentas e aplique o Seu Autocuidado.
Cuidar de si não é egoísmo, é Preservação e mantém a Autonomia!... Mas Autonomia é assunto para uma próxima.
Diana Puffal
Arteterapeuta